diário de bordo / 04.04.2014

PARTE TEÓRICA.

Sentados em círculo, começamos a aula com a professora Amélia relembrando o que fora feito na última aula (26.03.2014).

Em seguida, ela pediu para que os alunos que não haviam estado presentes na primeira aula se apresentassem.

A professora pede para que cada aluno escreva uma pergunta relacionada a disciplina capoeira. Achei muito interessante essa metodologia para iniciarmos uma teoria sobre a capoeira. Partindo de uma pergunta como toda pesquisa. Bastante altruísta a maneira como nós - alunos - direcionamos a aula a partir de nossas dúvidas. Lembrei-me de Paulo Freire, quando ele afirma que o aluno é o sujeito e não o objeto da sua educação. E assim, senti-me sujeito.

A professora recolheu as perguntas e as redistribuiu aleatoriamente pelos alunos, com o intuito de que cada um não pegasse a sua pergunta mas a do outro.

Começando por mim, eu teria que ler em voz alta a pergunta e tentar respondê-la. E assim, em diante.  cada um lia a pergunta e tentava responder. Os outros que não estavam na sua vez de ler a pergunta, poderiam complementar a resposta do colega, iniciando assim uma discussão. Momento de descontração.

Ao fim desta parte teórica, a professora pediu que escrevêssemos para a próxima aula sobre as impressões que ficaram registradas em nosso consciente sobre a discussão a cerca das perguntas sobre a capoeira. 

intervalo de 10 minutos.

PARTE PRÁTICA.

Começamos em círculo, com a professora explicando que a vestimenta para esta parte da aula é livre desde que possível para uma aula prática - ou seja, camisas e calças que permitam a movimentação do corpo. Ela disse que não é do feitio de uma universidade que preza pela diversidade, exigir dos alunos uniformes.

Partimos para o alongamento. Alongamos braços, ombros, tórax, pernas. Em pé, alongamos a coluna olhando para trás e dobrando. Andamos com as mãos tocando o chão sem dobrar os joelhos e com o tórax o mais próximo possível da perna.

Partimos para a ginga. É a partir dela, que lanço os movimentos da capoeira e é com a ginga que me esquivo ou distraio a minha dupla. Aqui, a professora ressaltou que o movimento dos braços pode variar a depender da escola de capoeira. Ainda na ginga, ao passar de uma perna para a outra, tocávamos de leve o chão com as duas mão e subíamos. Em círculo, gingamos e depois íamos trocando de parceiro sem perder a ginga.



Partimos para saltos, trocando pernas. A perna direita no chão e a esquerda dobrada subia num ângulo de 90 graus e na altura da cintura. E os braços acompanhavam, protegendo o rosto. Na troca, damos um salto para a esquerda onde a perna esquerda ia para o chão e a perna direita ia para a altura da cintura, dobrada num ângulo de 90 graus. e assim, ficamos a trocar. Esse exercício é importante para trazer base, equilíbrio.

Depois, passamos para os chutes (bênção). Ainda brincando com as trocas, a perna direita no chão e a esquerda dobrada. No momento da troca com o salto, a perna esquerda ia para o chão servindo de base e a perna direita dava um chute usando da articulação do joelho, na altura da cintura e em meia ponta. E ficamos trocando as pernas e chutando.

(bênção)

Depois, passamos para a meia-lua de frente. Usando a perna direita e depois, a esquerda.

(meia-lua de frente)

Depois, iniciamos uma sequência de golpes. Ginga, Meia-lua de frente com a perna esquerda, a perna esquerda vai para o chão, gira-se o tronco, dá-se um chute com a perna direita para trás olhando por baixo, pisa com a perna direita no chão servindo de base, gira o tronco para a frente e dá a bênção com a perna esquerda, cruza a perna esquerda na frente da direita e dá uma chapa com a perna direita, cruza a perna direita na frente da esquerda e dá uma chapa com a perna esquerda e finaliza com uma bênção.

(chapa)





Finalizamos a aula com uma roda de improviso de cantigas, com bater de palmas.